Diante deste fato absurdo que vitima mais uma criança, como outros que vêm numa sequência assustadora nos torturando pelos últimos anos, como pai, são o horror, o medo e a dor as reações imediatas a um tiro disparado contra a cabeça de uma menina de oito anos de idade por um rapaz de 17 em um assalto numa cidade de SP.Como buddhista, entendo que preciso ir além da reação natural e espontânea.
Acredito que, de acordo com o que o Buddha ensinou, não devemos aceitar a distância que imediatamente surge entre nós e os 'monstros' que protagonizam tais atrocidades. Antes, me parece ser mais realista e de acordo com o Buddhadhamma, examinar as nossas mentes buscando identificar aquelas sementes ruins que, se nutridas, dariam os frutos apodrecidos de ações abomináveis como estas. Identificar à nossa volta quais são as condições que tornam possível essa safra maldita que temos colhido tão frequentemente. Porque o Buddha ensina que não há outro mal que não sejam as três raízes da aversão, do apego e da ignorância, sendo, esta última, a que reina sobre as outras duas. Ela que nos engana, nos obscurece o pensamento, nos entorpece o julgamento.
Em mim e nos 'monstros'.
Penso que o meu dever como buddhista, no sentido de proteger o mundo, deve ser estar atento a esta miséria comum antes de clamar por qualquer outra coisa.
Acredito que, de acordo com o que o Buddha ensinou, não devemos aceitar a distância que imediatamente surge entre nós e os 'monstros' que protagonizam tais atrocidades. Antes, me parece ser mais realista e de acordo com o Buddhadhamma, examinar as nossas mentes buscando identificar aquelas sementes ruins que, se nutridas, dariam os frutos apodrecidos de ações abomináveis como estas. Identificar à nossa volta quais são as condições que tornam possível essa safra maldita que temos colhido tão frequentemente. Porque o Buddha ensina que não há outro mal que não sejam as três raízes da aversão, do apego e da ignorância, sendo, esta última, a que reina sobre as outras duas. Ela que nos engana, nos obscurece o pensamento, nos entorpece o julgamento.
Em mim e nos 'monstros'.
Penso que o meu dever como buddhista, no sentido de proteger o mundo, deve ser estar atento a esta miséria comum antes de clamar por qualquer outra coisa.
3 comentários:
Seu post é bastante pertinente Jorge, especiantelmente tendo em vista todas as coisas que tem ocorrido em nossa sociedade ultimamente.
Obrigado pela oportunidade de aprendizado
Abraços!
Quantas barbaries devem existir, e porque duas é pior que uma, uma ja não seria o suficiente, pelo menos para nós entendermos suas causas e consequencias ?
abçs
No geral sempre estamos reclamando de situações que vivemos no passado ou presente. As situações e/ou as pessoas sempre tem um defeito, uma falha, um problema, uma incompreensão.
Como é dificil estar atento à miséria que provoca avijja.
E os mal entendidos, pra falar apenas de um dos mais "inocentes" resultados da ignorância, seguem sendo alimentados a toda hora, a todo instante.
Como disse vc, nos entorpece o julgamento.
É muito fácil, falar, falar...a distância vai aumentando, aumentando....e vamos criando os monstros sem nos aperceber das raízes que alimentamos dentro de nós.
A fala correta é um dos pontos mais dificeis de colocar em prática. Falo por mim tbem.
A dificuldade que é dar um ponto de basta numa conversa inútil, numa fofoca.
Achei ótima a tua lembrança para estarmos atentos à miséria que é comum a todos nós. abraço, Fátima
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