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terça-feira, 8 de junho de 2010

relatividade, baladas e sementes

Trabalho com uma rapaziada bem legal. 
Tem uns corôas de mim para cima também, mas a maioria ainda não chegou nos trinta.
E a gente conversa.
Dia desses chegaram do refeitório me intimando: "Jorjão (que é a versão deles de mim) o que que cê andou falando na cabeça do fulano (um dos moleques)?" E eu: "Eu!? Por quê?!" E eles: "O cara tá lá com uns papos loucos de que o Schumacher (o piloto) está envelhecendo mais devagar que a mulher dele!!" E eu demorei um pouco para atinar. Fiquei com a boca aberta um tempo, com uma cara de idiota bem minha  até lembrar de um papo que tive com o tal carinha sobre relatividade!
Ciência é um assunto  do qual eu gosto e a gente teve lá um  papo, um dia, e conversamos sobre os efeitos da velocidade sobre o tempo e tal de acordo com as idéias do Einstein (E = m.c²). Pois acho que ele gostou de saber que, embora infinitesimalmente irrisório, o tempo passa mais devagar para o Schumacher quando ele está lá nos seus treinos e corridas a centenas de quilômetros por hora.
Bom, tendo lembrado, eu expliquei a tal conversa para os inquisidores e eles ficaram intrigados também! Os meninos, na maior parte das vezes, me dão ouvidos, principalmente nesses assuntos menos populares (acho que me tem como uma espécie de Tio Google), mas teve lá um dos coroáveis como eu que saiu com um "É, essas coisas são interessantes mas não para nós, né? Isso é útil para os inventores, cientistas... Para piões como a gente não faz diferença essas teorias..."
Pois bem, a molecada de hoje abusa. Bebe demais, baladeia demais, se arrisca demais... E eu estava conversando com um em outro dia sobre como as coisas são e como elas parecem ser. Sobre como parece que a gente precisa de diversão, distração, prazeres o tempo inteiro e todo o tempo mas que, na verdade, pode não ser assim. E foi com um dos inquisidores de então!
Eu fiz o link óbvio naquele momento: "Lembra aquele dia em que conversávamos sobre o modo como as coisas são e como parecem ser?" E ele: "Ã-hã." E eu: "Então.  Saber da teoria da relatividade nos mostra como que,  se mesmo em questões tão concretas como essa do tempo e espaço nosso senso comum nos engana tão grandiosamente, imagina para aquelas mais sutis da mente, comportamento humano e coisa e tal..." E o menino ficou lá uns três segundos pensando naquilo.
Nenhum conhecimento é impróprio viu, ô corôa!? O que precisamos, às vezes, é buscar uma aplicação prática para ele.
Sendo buddhista, que esta aplicação seja para a cessação de dukkha é o ideal.

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