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quarta-feira, 26 de junho de 2013

tudo igual

quando a gente diz que é buddhista, a maior parte das vezes somos associados com um modo de ser que convencionou-se chamar de zen. somos então pessoas da paz, que apreciam chá e incenso, que meditam ou alguma outra coisa meio yoga, que repetem mantras, auuuummmmm e por aí.
eu não sou zen, não gosto de chá nem de incenso, meditação formal é uma parcela da minha prática, sem mantras e sempre me esforço pela paz, em muitos sentidos.
dito isso, falemos sobre a capa ao lado. 
se for  para ver algo de bom nessa capa, e eu como buddhista aprendo que tudo tem um lado bom, eu vejo que é mostrar que somos todos iguais. 
os não buddhistas, os curiosos e os não amistosos vão questionar, atacar e, talvez até, querer entender o assunto. os buddhistas que gostam de se apresentar assim como quem exibe uma etiqueta significando "eu sou gente boa" vão sentir a fantasia meio amarrotada. 
não conheço mianmar além do Dhamma do Buddha que vem de lá, e mesmo disso conheço pouco, mas sei que é um dos países onde o Buddhamdhamma tem raízes profundas e floresce na sabedoria de vários grandes mestres assim como na cultura do país, em monumentos e templos belíssimos, inclusive. pois apesar disso, absurdos estão ocorrendo. realmente não sei se há monges incitando violência, mas que está havendo violência em "nome do dhamma", entre aspas, negrito, itálico e sublinhado porque é impossível violência em nome do Dhamma, isso está. 
violência é sempre em nome do ódio, da ignorância e outras qualidades humanas. e em mianmar, o que há são seres humanos, antes de buddhistas, como aqui, como no tibete ou na china. seres humanos que precisam ter em mente que buddhismo, ou qualquer religião, não é roupa nova, etiqueta ou atestado de bons antecedentes, é labuta momento a momento contra a corrente do mundo, que é muito mais forte do lado de dentro de nós. quando o nome 'buddhismo' começa a ter muita importância na vida, a ponto de a gente esquecer de estar vigilante mesmo ao atender aos chamados da natureza, a saber, defecar e urinar, conforme ensinou o Buddha, surge o perigo de distorções como estas e outras mais menos manchetáveis mas tão tristes quanto. conforme ensinou o Buddha.
então, perdeu, playboy. a casa caiu. tá na capa da time a frase: 'a face do terror buddhista'. somos todos iguais. e a despeito do sensacionalismo natural, da provável imprecisão das informações e algo mais que nosso 'ódio à mídia' puder imputar, o fato é que pisaram na bola por lá, pois onde há fumaça, ao menos uma brasinha tem. e como o Buddha ensinou: pisou na bola, cai. 

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