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Buscando...?

quarta-feira, 15 de abril de 2015

saudade

recebi dia desses um vídeo, dessas correntes que as tecnologias de hoje permitem. na verdade recebi de novo, eu acho...
com aquela música em que o djavan diz que é feliz e por isso está aqui e também quer viajar naquele balão, o vídeo exibe uma sequência de coisas que marcaram a infância e adolescência da minha geração: doces, brinquedos, personagens, brincadeiras...
superfantástico.
e aí, se entre outros, é praxe concordar com o "nossa, aquilo que foi época! que saudade!"
faz parte de estar entre outros, como fazem tantas coisas...
mas só, eu não.
saudade é algo sobre o que nem penso muito. cada dia vivido, foi. que vá. que passe. na memória, um dia que passou.
a calva aumenta, o corpo dói cada vez um pouquinho mais, mas a alma menos.
a alma se aquieta.
aspiro ficar só com a dor que for inevitável.

domingo, 12 de abril de 2015

em chamas

dukkhinha, sofrendo os primeiros tempos da adolescência, ficou até tarde da noite conversando com amigos. inevitável a comparação com minha temporada nesta infernal época da vida...
outra tecnologia, menos presente. 
menos conexão, mais solidão.
até tarde eu ficava sozinho ruminando os acontecimentos. quando nestas horas "conversava" era com kafka, camus, alan moore, bukowski, machado, drummond, frank miller, pessoa, angeli... meus melhores amigos.
o que será dessa gente nova? essa gente que não sabe ficar só... ou não consegue, ou não se permite, ou não experimenta? essa gente nova a quem é negada a solidão. como serão...?
o samsara é moto contínuo.
meus diálogos de então e os de hoje, da geração de dukkhinha, mantém a roda girando. simples assim.
o que determina o surgimento da visão de que a única solução é o cessar do giro desta roda é um mistério insondável para mim...
quiçá haverá kafkas, camus, bukowskis, machados, drummonds, conversando noite afora pelos whatsapps...

Speech by ReadSpeaker